A alimentação inadequada é um fator de risco que leva o indivíduo a atingir um estado de Sobrepeso ou Obesidade, uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo.
Existem diversas maneiras de classificar e diagnosticar a obesidade. Uma das mais utilizadas atualmente baseia-se na gravidade do excesso de peso, o que se faz através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC ou Índice de Quetelet), utilizando-se a seguinte fórmula:
IMC = Peso atual (kg)
altura2 (m)
O uso do IMC é prático e simples e a sua aplicação é recomendada somente para adultos. A avaliação da massa corporal em crianças e adolescentes é feita através de tabelas que relacionam idade, peso e altura. O IMC não é indicado nessas faixas etárias porque crianças e adolescentes passam por rápidas alterações corporais decorrentes do crescimento.
Alguns hábitos e comportamentos são fatores que influenciam o ganho de peso:
• Não ter horários fixos para comer, ou seja, “beliscar” a toda hora. A pessoa perde o controle da quantidade que comeu e acaba comendo muito, sem nem perceber.
• Exagerar no consumo de alimentos gordurosos, como frituras, manteigas, óleos, doces cremosos, chocolates etc.
• Fazer “dietas da moda”, responsáveis pelo efeito ioiô, isto é, o “emagrece-e-engorda” dos que fazem esses tipos de dieta.
• Ficar longos períodos em jejum. A fome e o apetite aumentam e a pessoa acaba comendo mais.
• Fazer poucas refeições durante o dia e em grandes volumes. O volume do estômago pode aumentar e também a quantidade de alimentos que a pessoa consegue comer.
• Dieta desequilibrada, onde predominam alimentos muito calóricos e de fácil acesso (cereais, óleo, açúcar) à população mais carente.
• Redução do tamanho da família, aumentando a disponibilidade de alimentos na casa.
• Melhora da infra-estrutura básica, elevando a expectativa de vida da população. Com isso, o peso da população aumenta, já que o percentual de gordura é maior com a idade.
Para uma educação (ou reeducação) alimentar é preciso que a pessoa entenda e aprenda (ou reaprenda) o significado e a importância de se comer bem (e não bastante!), isso é, de trocar os maus hábitos por bons hábitos alimentares. Trata-se de um novo estilo de vida, de ampliar conceitos e mudar costumes, o que não é nada fácil, ainda que possível. É por isso que a educação alimentar é tão importante. Orientações nutricionais são importantes para a educação alimentar.
Confira algumas orientações:
• Seja realista: faça pequenas mudanças no modo como você se alimenta e no seu nível de atividade física. Não comece com grandes alterações, vá passo a passo. Após o primeiro pequeno sucesso, estabeleça um novo objetivo e prossiga.
• Seja aventureiro, saia da mesmice! experimente alimentos e preparações que você não conhece, especialmente se forem à base de frutas e verduras. Comece por aquele alimento que você nunca experimentou. Ele pode ser gostoso e irá ajudar você a melhorar o seu consumo de nutrientes.
• Seja flexível: não fique pensando se você cumpriu ou não os seus objetivos em apenas uma refeição. O ideal é ter um plano diário, mas caso você exagere em uma refeição, coma menos na próxima.
• Seja sensível: aprecie todos os tipos de alimentos e preparações.
• Prefira uma dieta pobre em gordura e em colesterol e rica em frutas e verduras.
• Modere as quantidades de açúcares, sal e sódio.
• Caso consuma bebida alcoólica, faça-o com moderação.
• Beba, no mínimo, oito copos de água por dia entre as refeições.
• Estabeleça horários fixos para se alimentar.
• Divida a alimentação em cinco ou seis refeições (café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia), reduzindo a quantidade consumida em cada uma delas.
• Prepare o prato com toda a quantidade de alimentos a ser consumida, para ter o controle da quantidade que vai comer.
• Siga o guia da pirâmide dos alimentos, consumindo as porções para cada grupo de alimentos de acordo com a idade.
• Prefira ambientes agradáveis para fazer as refeições e evite assistir televisão enquanto come.
• No almoço e no jantar, coma primeiro os vegetais crus e folhosos, como a alface e a rúcula, pois eles promovem uma sensação de saciedade mais rápida. Isso fará com que sua fome diminua e você coma os outros alimentos em menor quantidade. É importante deixar claro que essas são apenas algumas orientações gerais.
“Cortar o mal pela raiz”, incentivando, desde a infância, a prática regular de exercícios físicos e a introdução de bons hábitos alimentares. O exemplo dado pelos pais ou responsáveis aos seus filhos é fundamental, e o autocuidado de cada indivíduo é fundamental para a sua saúde.
Ref: Ministério da Saúde – bvms.saude.gov.br
Deixar um comentário