O conceito de Gestão da Saúde Populacional (GSP) está cada vez mais em evidência no Brasil. Para Paula Campoy, diretora-executiva da Informar Saúde e membro da Aliança para a Saúde Populacional (Asap), no país, nunca se falou tanto em prevenção. Isso acontece, pois, o estresse da vida moderna, o envelhecimento populacional e os maus hábitos alimentares aumentaram consideravelmente a incidência de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão.
Segundo Campoy, para promover a GSP no país, a Informar Saúde atua na prestação de serviços para a saúde complementar, em empresas de saúde e na indústria farmacêutica. O serviço, é direcionado para as particularidades de cada segmento, envolve a avaliação epidemiológica de uma população em grupos estratificados conforme o risco. Para empresas, a proposta é atuar fortemente na promoção de saúde, em ações que façam sentido com o perfil epidemiológico da população e propostas dos colaboradores.
Já para indústria farmacêutica, a abordagem é específica para o usuário/paciente no que diz respeito à utilização de algum fármaco ou dúvida de saúde. “A Informar possui uma estratégia de um canal receptivo 24/7 com atuação da enfermagem. A equipe médica atua em conjunto de acordo com triagem realizada pela enfermagem. A equipe multidisciplinar faz sua intervenção dentro de um processo de agendamento. Este canal receptivo faz parte de todas as ações dos programas de saúde propriamente dito. Os programas, todos com acompanhamento contínuo, são para oncológicos, crônicos, idosos, gestantes e puérpera”, explica Paula.
De acordo com a diretora-executiva, muitas empresas brasileiras ainda não reconhecem o valor de investir na saúde dos seus colaboradores, sendo que, esse caminho abre novas oportunidades para as operadoras de saúde. Já que as mesmas podem, por exemplo, articular com o departamento de Recursos Humanos das corporações a possibilidade de parcerias para o cuidado com a saúde das pessoas.
Nesse sentido, a gestão de saúde populacional é uma das principais aliadas. Para isso, segundo Paula, a ASAP promove debates e fóruns de diferentes atores do setor da saúde suplementar. A executiva acredita que este já é um marco para a criação de possíveis projetos. “Entende-se que o setor é um só, que o ganha-ganha vem a partir desta prática. E este não é um projeto simples. Entendo que mais cartas na mesa com as dificuldades e soluções possíveis seria uma boa estratégia. O custo e os ajustes fazem parte desta agenda”, diz.
Campoy destaca ainda que, conhecer uma população e planejar a saúde adequadamente é o ponto central para o cuidado com resultados. O que é necessário é a aplicação de tecnologia leve, uso de conhecimento epidemiológico e geração de valor para o usuário. Dentro da empresa, o mapeamento dos colaboradores fez todo sentido para designar ações de saúde e planejar intervenções.
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