Em uma manhã inspiradora a Aliança para a Saúde Populacional (ASAP) promoveu um encontro em Pinheiros no Espaço aFlora, voltado para as áreas de comunicação e marketing dos associados com o objetivo de estreitar essa relação, para que eles atuem como multiplicadores de boas práticas de gestão de saúde nas empresas em que atuam. Os convidados foram recebidos com um café da manhã saudável servido pelo restaurante Purana, que além de não conter glúten, era composto pelo que Marcelle Martins, uma das fundadoras do espaço, chama de “alimentos que curam”, com ingredientes plant based, como pasta de grão de bico, tortinha protéica de banana, frutas, café orgânico, chá de ervas e sucos naturais. E para trazer os convidados para um estado mais consciente, um profissional com deficiência visual oferecia massagem relaxante.
Para falar sobre Estilo de Vida Tóxico x Estilo de Vida Consciente, o que inclui a importância da neurociência, cérebros tóxicos x cérebros saudáveis; ressonâncias magnéticas e neuroplasticidade, Marcelle Martins e Thiago de Carvalho, cofundadores do Espaço aFlora, iniciaram a palestra com um alerta sobre o estilo de vida que hoje vivemos, extremamente corrido e que pode trazer consequências danosas para a nossa saúde. “As pessoas não estão mais engajadas no trabalho, não estão bem ou estão muito doentes. Existe um aumento significativo no número de atestados e afastamento por problemas de saúde. E, no fim, essas pessoas são em parte responsáveis por produzir a própria doença”, aponta Marcelle.
Para exemplificar que é possível levar uma vida mais consciente dedicando apenas alguns minutos do seu dia, Thiago de Carvalho promoveu mini práticas de harmonização e respiração; autoconsciência e integração corpo, mente e emoções. Com o propósito de apresentar um estilo de vida de cura, Martins sugeriu que os indivíduos fossem mais autoconscientes, que levassem uma vida menos automática e menos workaholic, exercitando ao longo do dia, pequenas práticas de bem-estar que ajudam a mudar a nossa fisiologia. “O nosso cérebro está em constante transformação. Com isso, a realização de micro pausas ao longo do dia, como um almoço sem muita pressa ou fazer um minuto de silêncio antes de uma reunião, já pode mudar drasticamente o andamento das nossas obrigações”, garante ela.
Martins deu como exemplo empresas, como Google e Intel, que possuem programas que estimulam essas pequenas práticas de mindfulness, massagens e respiração (consciente) durante a jornada de trabalho para ajudar no equilíbrio físico e emocional dos colaboradores, o que contribui para a redução do afastamento. Ela também salientou que “é preciso despertar nas pessoas uma consciência saudável para que ela não precise usar o plano de saúde somente para curar doenças, mas use também para promover práticas saudáveis”.
Na segunda parte do encontro, o presidente da ASAP, Dr. Ricardo Ramos, apresentou rapidamente a entidade para os presentes e se mostrou bastante empolgado com o evento: “nós criamos um legado e agora estamos fazendo de fato as conexões com o mercado para mostrar o projeto”, disse ele em meio aos convidados, em sua maioria associados.
A fim de disseminar o conceito de Gestão de Saúde Populacional, Ramos garantiu não estar em favor nem das operadoras, nem dos hospitais, e sim a favor da disseminação do conceito: “Não defendemos nenhum lado da cadeia, mas trabalhamos e apoiamos as iniciativas e modelos que busquem a sustentabilidade do setor da saúde”, explicou.
Sobre a mudança no estilo de vida do paciente, Ramos alertou também que essa reeducação se faz necessária e com muita paciência: “nos últimos 20 anos, criamos um colaborador que entendia que a saúde era terceirizada e só precisava buscar o hospital quando estivesse doente. Agora precisamos reeducar esse paciente e mostrar que ele também é responsável pela própria saúde”, finalizou.
O encontro serviu como uma provocação para as áreas de comunicação das empresas associadas e parceiras. A Asap dividiu com os participantes a intenção de parceria na divulgação das boas práticas de Gestão de Saúde Populacional e a partir dessa conexão, fortalecer o apoio dado aos associados, esperando que eles se tornem multiplicadores.
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