Para a Gestão de Saúde Populacional, é preciso conhecer a população que será impactada pela ação, bem como os hábitos de vida e comportamentos e a forma com que essa população está em condições gerais de saúde e como utiliza os serviços de saúde.
Sugerimos, assim, alguns indicadores, separados por áreas, com uma breve descrição e o nível de dificuldade de mensurá-los considerando a disponibilidade das informações e o nível mínimo de maturidade para acompanhá-los.
Considerou-se como critério de dificuldade do indicador a disponibilidade das informações necessárias para cálculo, considerando as práticas atuais de RH, inquéritos de saúde e informações disponibilizadas por prestadores (operadora de plano de saúde, consultorias, medicina ocupacional) e áreas de Recursos Humanos da empresa.
Foram considerados 3 níveis de dificuldade: baixo, quando a informação é facilmente disponibilizada e acessível para acompanhamento; moderado, quando essa informação pode não estar disponível ou não ser de fácil acesso, porém ela existe para a empresa; alto, quando a informação não está facilmente disponível e depende-se de terceiros e parceiros para obtê-la.
Para o nível de maturidade, considerou-se o nível em que a empresa tem de estar para acompanhar o indicador.
Empresas em um nível inicial, que estão há pouco tempo desempenhando ações de Gestão de Saúde Populacional, podem iniciar pelos indicadores considerados “inicial”, pois são fáceis de se acompanhar e desenvolver ações específicas para melhorá-los.
Aqueles classificados como “intermediário” são indicadores que necessitam de ações mais elaboradas e/ou de mensurações mais refinadas, mas que são possíveis de serem desenvolvidas naquelas empresas que já possuem ações e já conquistaram o engajamento de parte dos líderes e colaboradores.
Já os indicadores de nível “avançado” são aqueles que precisam de ações e mensurações ainda mais elaboradas, de um engajamento maior dos líderes, um relacionamento com os parceiros mais maduro e estratégias em longo prazo.
Dessa forma, para conhecer a população, é preciso avaliar, em um primeiro momento, seu perfil sociodemográfico.
Esse perfil auxiliará a identificar qual é o público dessas ações, características sociodemográficas como: o sexo predominante, a idade média, o nível educacional, informações importantes que subsidiarão as ações de gestão, bem como a forma de comunicação com essas pessoas. Vamos iniciar com a descrição dos indicadores
Sociodemográficos.
Idade média
Descrição: identifica a idade média da população a ser gerida. Com essa informação, o gestor tem a noção dos desafios a serem enfrentados. Uma população com uma idade média mais elevada poderá requerer ações de saúde
mais focadas no gerenciamento de doenças crônicas, enquanto populações com idade média mais jovem poderão requerer ações de planejamento familiar e estilo de vida.
Nível de dificuldade: baixo
Nível de maturidade: inicial
Distribuição por sexo e faixa etária
Descrição: identifica a população a ser gerida segundo o sexo e a faixa etária.
Populações com predomínio de mulheres em idade fértil podem requerer políticas focadas em planejamento familiar e pré-natal; populações com predomínio de homens em idade jovem podem requerer ações focadas em consumo de álcool e prática de atividade física; utilização de serviços de saúde de forma preventiva; populações com predomínio de pessoas mais velhas também podem requerer outras estratégias de saúde, focadas nas doenças já instaladas.
Nível de dificuldade: baixo
Nível de maturidade: inicial
Proporção de pessoas com menos de 8 anos de escolaridade
Descrição: identifica um padrão educacional da população. Esse indicador auxilia na adequação da forma de comunicação da empresa, nas ações junto aos colaboradores, bem como na escolha das ações a serem implementadas.
Nível de dificuldade: moderado (depende da disponibilidade e organização da informação de escolaridade da população na empresa)
Nível de maturidade: inicial.
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