De um modo geral, os indicadores são medidas-síntese que contêm informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, do sistema de saúde ou de qualquer outra natureza, que, em conjunto, devem refletir a situação atual da população e auxiliar no acompanhamento dessa evolução.
Os indicadores servem para a tomada de decisões, baseadas em evidências, e para a programação de ações. Dessa forma, a disponibilidade de informações apoiadas em dados válidos e confiáveis é condição essencial.
A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar, desde a simples contagem direta de casos de determinada doença até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados.
Mas qual a diferença entre dados, informação e indicador?
Dados: é um conjunto de valores ou ocorrências em um estado bruto, geralmente armazenado em banco de dados e que em seu estágio primário não fornece insumos para a tomada de decisão. Exemplo: registro de atestados dos colaboradores (14);
Informação: é a resultante do processamento, manipulação e organização de dados e possui um foco mais abrangente e dispersivo. Exemplo: total de atestados e faltas de todos os colaboradores em determinado período (14);
Indicador: é a razão entre duas informações e que auxilia na tomada de decisão e com maior qualidade do que as informações ou os dados. Exemplo: proporção de atestados em relação ao total de colaboradores (14).
A qualidade de um indicador depende da precisão dos sistemas de informação empregados no registro, na coleta e na transmissão de dados. Para se ter um bom indicador, são necessárias as seguintes características.
Validade: é a capacidade de medir o que se pretende. Deve ter a capacidade de detectar o fenômeno analisado (sensibilidade), bem como detectar somente o fenômeno analisado (especificidade);
Confiabilidade: reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares;
Mensurabilidade: deve se basear em dados disponíveis e fáceis de se conseguir;
Relevância: deve responder às prioridades necessárias;
Custo-efetividade: os resultados devem justificar os investimentos em tempo e recursos para a sua mensuração.
Além disso, espera-se que os indicadores possam ser analisados e interpretados com facilidade e que sejam compreensíveis pelos usuários da informação, especialmente gerentes, gestores e os que atuam diretamente na gestão das áreas correspondentes.
Objetiva-se com a disponibilidade de um conjunto básico de indicadores facilitar o monitoramento de objetivos e metas em saúde, estimular o fortalecimento da capacidade analítica das equipes de saúde e promover o desenvolvimento de sistemas de informação de saúde, intercomunicados entre os diversos atores envolvidos na saúde corporativa: operadoras, corretoras, prestadores, medicina ocupacional, etc.
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