A saúde da população depende cada vez mais das intervenções baseadas em dados, apoiados na TIS (tecnologia e informação em saúde).

Numerosas iniciativas do governo federal [americano] estão em andamento para expandir a adoção e implementação de tecnologias de informação em saúde (TIS).

Apropriadamente, essas iniciativas se concentram em estabelecer padrões, definir o uso efetivo e medir a melhoria da qualidade alcançada via TIS. Como a tecnologia continua a evoluir, assim também acontece com sua capacidade de melhorar a saúde do usuário e de permitir que as comunicações e o compartilhamento da informação permeiem todos os cenários de cuidados com a saúde.

A Estrutura da TIS, desenvolvida em conjunto pelo Comitê e pelo Grupo de Trabalho de Resultados em Gestão de saúde populacional, tenta identificar os componentes chave tanto de informações de saúde como de tecnologia de saúde necessários para a plena operacionalização de programas de gestão de saúde populacional.

Estas tecnologias vão além de registros médicos eletrônicos para abranger uma ampla gama de dispositivos de tecnologia e aplicações inovadoras.

Como tal, a Estrutura TIS pretende complementar e acrescentar à Estrutura Conceitual da Gestão de saúde populacional, em primeiro lugar, identificar os níveis mais altos de intercâmbio de dados, vislumbrado pela Lei de Tecnologia da Informação em Saúde para Economia e Clínica Médica (Health Information Technology for Economics and Clinical Health Act – HITECH), uma parte da Lei Pública 111-5 de Reinvestimento e Recuperação Americana (American Recovery and Reinvestment Act), como “intercâmbio de informação de saúde”, através de amplos “hubs” de sistemas e informação, tais como bases de dados pessoais, continuando a identificar componentes através de dispositivos de usuário final, ou de habilitação do usuário.

LIQUIDEZ DE DADOS REGIONAIS

Este componente da Estrutura TIS circunda todo o quadro e se refere a centros de dados regionais que compilam e distribuem dados de uma população existente dentro de uma região geográfica específica. Os dados podem ser coletados a partir de uma variedade de instituições de serviços de saúde, incluindo hospitais e prestadores de serviços, bem como de fontes não tradicionais tais como centros comunitários e agências de saúde pública.
Exemplos desses centros regionais ou de alto nível de interconexão de dados são preconizados por Accountable Care Organizations (ACO), trocas de informações de saúde e organizações regionais de informação de saúde.

SISTEMAS E BASES DE DADOS A NÍVEL PESSOA

Este componente da Estrutura TIS refere-se às bases de dados e sistemas utilizados para identificar, avaliar, estratificar e incluir uma população. Os dois, sistemas e bases de dados, habilitam os processos de estratificação, avaliação e inclusão identificados no âmbito do processo do Programa Gestão de saúde populacional, bem como a capacidade de medir os resultados do programa.

Esta seção inclui ambos, dados e tecnologia necessários para executar essas funções. Exemplos desses bancos de dados e sistemas incluem registros eletrônicos de saúde, bem como de laboratório (clínico) e sistemas de processamento de sinistros

INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS

O terceiro componente da Estrutura de TIS está focado na informação e tecnologia necessárias para apoiar os provedores de saúde em seus esforços para melhorar os serviços que prestam aos pacientes. Esta infraestrutura, combinada com os serviços complementares, permite o processo de inclusão e de engajamento, bem como o processo de comunicação e a distribuição da intervenção. Exemplos de ferramentas de infraestrutura e dos serviços incluídos dentro delas são mecanismos de regras, ferramentas de apoio à decisão e bancos de dados de nível intervenção.

COMUNICAÇÃO E DISPOSITIVOS CAPACITADORES

Este componente está focado em mecanismos que permitem e melhoram a comunicação entre os provedores e usuários de cuidados de saúde. Esses dispositivos também aumentam a capacidade de provedores e usuários de trocar e compartilhar informações e contribuir para a maior parte dos processos descritos na Estrutura do Processo do Programa de GSP, incluindo o processo de inclusão e engajamento, a realização do programa e a medição de resultados. Exemplos destes dispositivos incluem equipamentos de saúde domiciliar, registros pessoais de saúde e dispositivos de monitoramento.

DISPOSITIVOS MÉDICOS PARA O USUÁRIO FINAL

Este componente da Estrutura de TIS inclui dispositivos utilizados pelos usuários de cuidados de saúde para se comunicar e trocar informações com os provedores de cuidados incluindo, mas não se limitando a médicos. Estes dispositivos contribuem para o sucesso do processo de comunicação e disponibilização de componentes do programa. Avanços na tecnologia têm produzido uma variedade destes dispositivos, incluindo computadores pessoais, telefones celulares e tablets.

Fonte: Caderno “Mais Saúde – Panorama da Saúde Populacional Asap” e Comitê Técnico da Asap