PRINCÍPIO ORIENTADOR I: ENTENDENDO AS EXPECTATIVAS DO CLIENTE/USUÁRIO 

Tornou-se cada vez mais claro que a inclusão das expectativas dos clientes e usuários na análise geral e no processo de comunicação é um fator extremamente importante na avaliação de resultados. 

Não só os provedores de serviço precisam receber as demandas dos clientes em relação às expectativas para os programas, como os próprios clientes e usuários precisam de instrução considerável para formular as expectativas em torno do que os programas podem ou não fornecer. 

Os clientes, por exemplo, estão cada vez mais interessados em medições de toda a população que enderecem todo o espectro do plano de saúde ou grupos de empregados, ao invés de programas isolados de condições únicas ou múltiplas. Muitos programas já incorporaram uma abordagem para toda a população.

PRINCÍPIO ORIENTADOR II: TRANSPARÊNCIA METODOLÓGICA 

A CCA (Care Continuum Alliance) continua a recomendar a transparência metodológica como uma importante diretriz para qualquer avaliação, independentemente da população alvo. 

Os resultados devem ser claros, convincentes e facilmente explicáveis, uma tarefa que muitas vezes é difícil para os cenários complexos criados na prática padrão.

PRINCÍPIO ORIENTADOR III: O USO ADEQUADO DE AJUSTES PARA BUSCAR EQUIVALÊNCIA NA COMPARAÇÃO DE GRUPOS 

A CCA (Care Continuum Alliance)  reconhece que o ensaio clínico randomizado (ECR) é um projeto de estudo altamente considerado para a pesquisa clínica e médica, mas também reconhece que, por uma variedade de razões, um ECR pode ser impraticável ou impossível em programas populacionais em tempo real, tanto do lado dos grupos populacionais [em foco] como do plano de saúde. 

Sem a capacidade ou vontade de fazer ECR formais, evidências colhidas no campo sugerem fortemente que os esforços para avaliar os programas sejam acompanhados por uma comparação com um grupo similar, se um verdadeiro estudo randomizado de grupo controlado não estiver disponível. 

O uso de um grupo de comparação proporciona uma visão comparativa do que poderia ser direcionado, senão absolutamente possível, a partir dos resultados dos programas de gestão da saúde. Estes métodos, frequentemente chamados de abordagem “quase-experimentais”, têm a sua própria literatura e regras que devem ser observadas.

PRINCÍPIO ORIENTADOR IV: USO DAS MEDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO 

A inclusão de medições de utilização na análise de resultados é cada vez mais importante para aqueles indivíduos que acreditam que as mensurações projetam uma representação real da eficácia do programa. 

Dado que existem múltiplas variáveis na execução de programas clínicos e que muitas estão mudando no decorrer do tempo (tais como preço unitário), é compreensível que as medições de utilização sejam um importante indicador e suporte métrico para as posteriores solicitações de melhoria financeira. 

O argumento aqui é que é difícil justificar economias que podem ser impulsionadas metodologicamente se as medições de utilização não refletem um impacto significativo sobre as principais variáveis de custo, como internação, cirurgias, visitas a pronto atendimento etc. 

A conexão dos resultados apresentados às mudanças na utilização ocupa o foco da maioria das estatísticas do tipo “plausibilidade”.

Fonte: Caderno “Mais Saúde – Panorama da Saúde Populacional Asap” e Comitê Técnico da Asap