71% dos brasileiros relatam dar mais atenção à saúde e bem-estar atualmente do que antes da pandemia. Os dados são do novo relatório anual Índice de Tendências do Trabalho, da Microsoft. Diante desse cenário, o membro do Comitê Técnico da Asap – Aliança para a Saúde Populacional e diretor médico de Saúde, Bem Estar e Analytics da Aon Brasil, Ubaldo Fonseca, destaca três pilares de atuação para a gestão de saúde populacional que podem ajudar as empresas a garantir melhores serviços de saúde. São eles:
1 – DADOS: integrar os dados de sinistros dos planos de saúde gerando uma estratificação de risco global do usuário e dados de saúde ocupacional (como absenteísmo e afastamento) para que se consiga ter de fato, em um único local, ferramentas de dados para estratificação da população e, a partir daí, criar as linhas de soluções aderentes à estratégia da companhia e ao modelo de governança.
2 – SAÚDE OCUPACIONAL: ter a saúde ocupacional como porta de entrada de todos os processos de desenho de gestão populacional. Segundo Fonseca, essa estratégia “traz não só a visão da saúde ocupacional do ponto de vista regulatório, mas também a questão das linhas de cuidados assistenciais, o que permite uma visão única do colaborador em relação às necessidades e as linhas de soluções que podem garantir uma jornada mais efetiva, uma experiência mais positiva para o colaborador na ponta”.
3 – AUTOCUIDADO: entender qual é a maturidade dos clientes em relação ao autocuidado. Aqui, é importante estipular ferramentas de avaliação e do risco nas diversas dimensões de bem-estar para que os pilares estruturantes do ponto de vista de autocuidado possam ser implementados e monitorados na empresa, o que garante um olhar para promoção e prevenção cada vez mais sustentável.
Para Fonseca, os três pilares são fundamentais para definir metas além do acompanhamento dos KPIs, indicadores financeiros, de satisfação, de engajamento e de retenção de talentos. “Esse modelo de construção tem uma série de objetivos para que os RH’s e os próprios clientes consigam entender o objetivo da redução de desperdícios, redução de absenteísmo e afastamento, melhorar a questão da utilização e da sinistralidade dos planos de saúde, aumentar a retenção de talentos, o engajamento e a sensação de pertencimento”, explica o membro do Comitê Técnico da Asap, que ainda lembra que existem indicadores tangíveis e outros intangíveis para que a empresa seja sustentável e tenha um modelo de governança corporativa cada vez mais eficiente.
Nesse sentido, Fonseca destaca o papel da Asap como catalisadora ao reunir diversos especialistas da área promovendo educação e disseminação de conhecimento para difundir a gestão de saúde populacional. “É um papel extremamente relevante de garantir que todos os pilares contemplados estejam muito bem desenhados e que o cliente final tenha uma experiência positiva e uma experiência de gestão populacional mais efetiva”, elogia o executivo.
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